Mais de mil palhaços, Sabrina Sanfelice, 2008
O que quer o corpo
Veste-se de chamas
E em alto e bom tom
Grita a folia:
É hora!
O outro, recalcado
Com a alma presa
A ela, à janela, à tela
Chora, ri e exclama:
Palhaço!
O pobre descalço
Cata, amassa, ensaca
O nó na garganta
No monte de lata, canta:
Passa!
E o poeta
Não sabe o dia
Nem a hora do dizer
Em sua fantasia, apenas assina
Arlequim.
2 comentários:
Lindo poena Sabrina
beijos meus
Morris
Adorando tua safra de poemas, Sazinha!
Mas esse foi o que mais gostei. :)
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